Segunda, 29 de Setembro de 2025

A CORRIDA PELO M2 MAIS VALIOSO DO PAÍS

Quando um norte-americano entrou na Casa Pereira, a meio da rua Garrett, o gerente António Lemos pensou que ele queria comprar grãos de café, vinho do Porto ou bolachas caseiras. Puro engano. O suposto cliente tinha uma proposta para fazer. "Disse que vinha em representação de um fundo estrangeiro e queria comprar ou alugar o estabelecimento", conta o gerente, ainda visivelmente incomodado. A Casa Pereira tem cerca de 60 metros quadrados e é uma das poucas lojas que ainda resistem às propostas tentadoras dos investidores. Fundada em Abril de 1930, os empregados estão impecavelmente vestidos com gravata e casaco. "Eu nem quis ouvir o valor da proposta, mas a intenção era montar um pronto-a-vestir", lembra António Lemos.

A pouca oferta de espaço e o excesso de procura pelas marcas fizeram disparar os preços de arrendamento naquela rua do Chiado, chegando mesmo a ultrapassar os da Avenida da Liberdade - os valores na Garrett para o comércio ‘prime' de rua já superaram 100 euros por metro quadrado (embora a média ronde 90 euros). "Na rua Garrett existem unidades de dimensão inferior às da Avenida da Liberdade, o que provoca que a renda média para essas lojas seja tendencialmente mais elevada", explica Carlos Récio, director de retalho da consultora CBRE. No entanto, este responsável sublinha que o nível de rendas "será similar para situações comparáveis." Na Avenida, onde estão marcas luxuosas como Prada, Gucci ou, mais recentemente, Cartier, o preço médio de referência é de 85 euros por metro quadrado, avança a CBRE.

Patrícia Araújo, directora de retalho da Jones Lang LaSalle Portugal, tem uma opinião semelhante. "É de facto [a Garrett] que atinge o nível mais alto. É uma rua muito pequena, daqueles casos onde a procura é nitidamente maior do que a oferta", acrescenta. Também Sandra Campos, directora do departamento de retalho da Cushman & Wakefield, confirma a existência de transacções superiores a 100 euros por metro quadrado.

[topo]
Pág. 1 / 3   Próxima


Para muitas pessoas vender uma casa é uma das maiores transações financeiras que alguma vez terão oportunidade de realizar.

E, infelizmente, o processo de vender uma casa é hoje em dia mais complexo e demorado do que nunca. 

Ser bem sucedido numa transação imobiliária implica, geralmente, ter alguma experiência nos campos jurídico, financeiro e de marketing.

Ricardo Sousa, administrador da Century 21 Portugal, explica quais são os três erros mais comuns que dificultam a vida aos proprietários que estão a tentar pôr casas no mercado. Saiba como evitá-los e facilitar o processo de venda.

"Em muitos casos, e a não ser que seja um perito em negociação imobiliária, esta pode tornar-se uma aventura frustrante e potencialmente dispendiosa. 

Se decidir avançar com a ideia de vender sozinho a sua casa, prepare-se para estar disponível e perto de casa durante semanas ou mesmo meses, e não se esqueça que a maior parte das visitas de compradores acontecem no horário laboral.

Como profissionais imobiliários, os três erros mais comuns que vemos os proprietários cometerem são: 


(continua)