PALACETE RIBEIRO DA CUNHA VOLTA A ABRIR
O Palacete Ribeiro da Cunha, no Príncipe Real, volta a abrir-se a Lisboa. Lá dentro, marcas na sua maioria portuguesas, de moda, cosmética, arte e decoração propõem um novo centro de compras na capital, a Embaixada. E um recomeço para um edifício histórico.
Duas senhoras de idade passeiam-se pela Rua D. Pedro V, em Lisboa e, vendo que há movimento dentro do edifício abandonado, reagem de imediato. "O palacete vai abrir? Ai! Que maravilha!". A boa notícia não é, contudo, só para os moradores do Príncipe Real. "Lisboa está cada vez mais sexy em termos de turismo", afirma Rui Coelho, director executivo da Invest Lisboa. "Quando se reabilita um edifício, valoriza-se todos os outros que estão ao lado".
Feitas as contas, a capital sai claramente a ganhar. Um imóvel do séc. XIX de estilo neo-árabe ganha nova vida e um colectivo de marcas e pequenos criadores portugueses promete dinamizar (ainda mais) o comércio da zona. São os "inquilinos únicos" que Anthony Lanier, presidente da Eastbanc, quer trazer para o Príncipe Real. A promotora imobiliária liderada por Lanier é a principal impulsionadora da Embaixada, nome escolhido para a galeria comercial que tomou dois pisos do Palacete Ribeiro da Cunha.
Inaugurada esta sexta-feira, a Embaixada reúne cerca de 20 marcas e pequenos criadores que aqui se apresentam em parceria ou individualmente. O espaço está organizado pelo conceito de urban club, onde se pretende concentrar na mesma zona residencial, neste caso o Princípe Real, o maior número possível de serviços. Assim, para além das vertentes, de moda e lifestyle, podemos encontrar na Embaixada um restaurante, o Le Jardin, ou uma loja de discos "de culto ao talento nacional", a VLA Records. Uma complementaridade de serviços que se pretende que apoie também o projecto hoteleiro que a Eastbanc planeia desenvolver no jardim do palacete.